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weekend in pole position
um dos lifestyles mais desejados do mundo inspira a moda como nenhum outro

Hey!
Race week! Semana de Fórmula 1 em São Paulo e não podia deixar de comentar sobre esse estilo que inspira a moda por anos. Are you ready to speed up?
Além disso, falei sobre um produto que me perguntaram muito no Tiktok e a Monique comentou sobre a crise dos seus 20 e poucos anos…
Espero que gostem :)
Have a nice reading!
Are you ready to speed up?
A Fórmula 1 surgiu oficialmente em 1950. A ideia era reunir todos os Grandes Prêmios (GPs) da Europa, que já aconteciam em países como Inglaterra, França, Itália, Mônaco, Suíça e Bélgica, criando um campeonato só. Não demorou muito para se tornar um dos esportes mais cobiçados e admirados de todos os tempos.
Por carregar na sua tradição a estética da aristocracia moderna — Mônaco, Monte Carlo e Silverstone, por exemplo — e também por ser um esporte extremamente exclusivo (afinal, o investimento para entrar nesse universo é gigantesco), o automobilismo se tornou mais do que um esporte: se tornou um lifestyle.
Pouco tempo após o surgimento da categoria, pessoas VIPs passaram a querer assistir às corridas, e os GPs se transformaram em palcos que espelhavam essa união entre moda e estilo de vida.
Desde os anos 70 e 80, esse estilo já impactava o mundo fashion. Ayrton Senna se tornou uma das maiores referências de estilo da época (você já comentou sobre ele nesta edição aqui).

A moda sempre busca esse lugar imaginário, quase lúdico, de onde vêm a inspiração e a beleza, e a Fórmula 1 sempre refletiu exatamente isso. Não só pelo luxo e status, mas também pelos locais paradisíacos das corridas e pela estética da velocidade, dos carros e do futurismo.
Nas primeiras décadas do esporte, a moda tinha um papel mínimo: era 100% funcional e voltada à segurança. Foi apenas em 1968 que a FIA autorizou equipes e pilotos a exibirem patrocinadores nos carros e capacetes, e ai aconteceu o turning point, ou melhor, um pole position moment.
Com o boom dos patrocínios comerciais, os macacões e uniformes se tornaram mídia ambulante, o que atraiu diversas marcas. A exposição foi tamanha que as coroas de louros no pódio desapareceram, porque obstruíam os logos nas “money shots” (as fotos que circulavam o mundo).
Nos anos 2000 e 2010, a moda se tornou oficialmente parte do lifestyle das corridas, tanto dentro quanto fora das pistas. Marcas como Hugo Boss começaram a se inserir com mais força no esporte, elevando o padrão dos uniformes de equipe.
Mas o verdadeiro ponto de virada tem nome: Lewis Hamilton.
O heptacampeão mundial foi o primeiro a transformar o paddock em passarela e a enxergar a moda como parte da identidade do piloto. Hamilton e seu estilo autêntico começaram a chamar muita atenção e ele começou a frequentar desfiles da Balenciaga, Valentino e Louis Vuitton, e se tornou até copresidente do Met Gala.
Ele abriu caminho para que outros pilotos pudessem se expressar — e se vestir — fora do uniforme.

“Ele foi o pioneiro em trazer a moda para esse espaço e em permitir que as pessoas se expressem através de suas roupas”, disse Naomi Schiff, ex-pilota e apresentadora da F1.
A partir daí, pilotos começaram a ser chamados para campanhas, capas de revista e desfiles.
Atualmente, com séries e filmes inspirados nas corridas e uma base crescente de fãs no TikTok e Twitch, a Fórmula 1 está mais democrática, atingindo principalmente o público jovem, inaugurando oficialmente uma nova era do automobilismo. A F1 já soma 750 milhões de fãs, um crescimento de 5,7% desde 2021.
E não podia deixar de comentar: a base que mais cresce é a do público feminino, que já representa 41% dos fãs.
“As marcas sabem que as mulheres estão assistindo e que são grandes tomadoras de decisão e compra”, diz Naomi Schiff.
Por isso, Charlotte Tilbury, Tommy Hilfiger e TAG Heuer apoiam a F1 Academy (que já tem série na Netflix), buscando aumentar a participação feminina no automobilismo.
Tradicionalmente, o público-alvo era masculino, mais velho e de alta renda, mas a chegada de mulheres e jovens transformou completamente o cenário.
Hoje, a relação entre moda e F1 é mais forte do que nunca. Equipes e pilotos influenciam coleções de luxo e streetwear, e colaborações como Mercedes × Tommy Hilfiger e Alfa Romeo × Palace transformaram o merch em objeto de desejo fora das pistas.
“Sempre houve uma conexão de romance e glamour com os esportes de velocidade… há um fator de heroísmo em pilotos que arriscam a vida em máquinas de alta velocidade. É difícil encontrar outro esporte que una tanta adrenalina, luxo e glamour.”
— Mai Ikuzawa
Essa união deve se estreitar ainda mais: a Louis Vuitton assinou um contrato de 10 anos e se tornou parceira oficial da F1, enquanto a TAG Heuer assumiu o posto de cronometrista oficial.
Além disso, o Puma Speedcat, tênis lançado em 1999 para oferecer mais sensibilidade no pedal, foi relançado e virou o sapato mais desejado do momento.
Hoje, a estética racer está por toda parte na moda. Nem sempre aparece de forma literal, com jaquetas de couro e patches, mas surge em styling sutis, em texturas metálicas, e em peças que remetem às bandeiras quadriculadas, aos macacões de mecânico e ao imaginário das pistas.

Chanel Cruise 22/23
A Fórmula 1 se transformou em um esporte com um lifestyle tão desejado quanto distante. Mais do que uma estética, o racing mood virou um símbolo cultural, não apenas de quem admira velocidade, mas de quem busca um estilo de vida ambicioso, intenso e inegavelmente cool.

Shop my cool finds 🙂
Regata TIG: cor linda e modelagem perfeita. Amei os babados
Casaco Zara: atemporal e chic
Cinto nk: deixa qualquer look mais cool
Sapato Larroude: achei essa estampa muito fofa, bem princess
Calça H&M: perfeita pro verão!
20 e poucos anos w/ Monique Lisboa
![]() | Oie!!! Muito prazer :))) Sou a Monique – também pode me chamar de Moni – tenho 21 (batendo na porta dos 22) anos. Estou no 8o período de Publicidade e Propaganda e desde que me entendo por gente, nasci pra comunicação! Aos 8 anos criei um canal no Youtube que levei fielmente até os 14! Entre idas e vindas, mantenho meu trabalho como influenciadora, mas também já trabalhei em agências e marketing de moda interno em marcas! |
A Pri me chamou para escrever esta coluna e eu quebrei a cabeça tentando decidir um tópico. “Fala sobre algo que você goste”, ela disse. E, imediatamente, minha mente entrou em pane! Amo tantas coisas, mas ao mesmo tempo sinto que ainda tenho tanto a aprender... Junto a isso vem a indecisão: escolho um assunto, mas logo descarto porque me convenço que não é “bom o suficiente”.
Nessas de não conseguir encontrar o tema perfeito, acho que ele mesmo me encontrou: as dúvidas! Dúvidas essas que não aparecem só quando eu tento escrever uma coluna para a The Setters... mas o dia inteiro.
“Será que eu escolhi o curso certo ou ainda vou mudar tudo?”
“Eu deveria estar mais adiantada na vida ou esse ritmo é normal?” “Quando eu realmente vou me sentir adulta e independente de verdade?” “Eu sou quem eu quero ser ou o que esperam de mim?”
“Eu tô desperdiçando meus 20 anos ou estou no ritmo certo?”
“E se eu me arrepender das escolhas que eu fizer agora?”
Esse é um pequeno recorte dos questionamentos que pairam na minha cabeça e, definitivamente, a de mais alguém, porque ora bolas, quem não está vivendo a crise dos 20 anos ou já passou ou ainda vai passar...
Em um mundo de dumb scrolling e massificação tão grande em que assim que você se acostuma com o Clean Girl e Adidas Samba a tendência já te atropelou com Strawberry Makeup e Poá é mais difícil ainda saber quem a gente realmente é e o que a gente realmente quer.
Poucos são aqueles que conseguem, por conta própria, ter uma identidade pessoal, apesar de que muitos que juram autenticidade são moldados por photo dumps perfeitos e rotinas de produtividade tóxica. Não os culpo, pois com tanta informação e pressão, a nossa dúvida interna é alimentada o tempo todo.
E foi no meio das minhas conversas com amigas, reflexões e sessões de terapia que surgiu uma nova pergunta: será que a gente realmente quer descobrir quem somos?
É tão bom ver que melhoramos em algo. Que graça teria em ser perfeito em tudo? E talvez o fascínio em não ser perfeito agora. Ser processo.
A vida é densa demais para você se limitar a um rótulo que inventou um dia. Ainda tem tanto pra se aprender, tanto internamente quanto externamente, e enquanto estamos nesse processo de desbravação novas coisas surgirão para podermos explorá-las também!
Existe uma magia em se permitir acessar o que te toca sem se restringir. Sabe quando você lê uma poesia e pensa “queria eu ter esse talento”? Vai lá e tenta. O acerto nasce da tentativa, mas também... quem disse que a gente precisa acertar sempre?
Acho que o segredo pra felicidade é experimentar. Se permitir! (e eu digo isso sem nenhuma certeza absoluta, pois como nessa altura do campeonato vocês já entenderam, estou no meus 20 e poucos e me contradigo o tempo todo!! Que ótimo!!! Estou vivendo!!) Quando a gente faz o que gosta, é quem é e convive com quem quer a gente sabe! Estar em contato com a nossa essência faz a chave virar. Num contexto em que todos têm acesso às mesmas referências (e quantas!), o que te diferencia é como você interpreta, absorve e transforma o que recebeu :)
Ainda tô nesse processo com você.
E se você leu até aqui e pensou “não entendi nada do que essa menina quis dizer”... tudo bem também, afinal, me parafraseando: quem não está vivendo a crise dos 20 anos ou já passou ou ainda vai passar e essa dissertação é simplesmente sobre viver e se descobrir.
Acho que tenho um novo elogio favorito, e ele veio do TikTok.
Uma menina perguntou o que eu passo nos meus braços pra eles ficarem tão iluminados.
Bem aleatório, eu sei, mas é algo que eu reparo muito nas pessoas, então fiquei feliz que alguém reparou isso em mim. Então, vim compartilhar a dica de ouro.
Eu uso esse produto só em ocasiões especiais — tipo nesse vídeo do TikTok, eu tava indo pra um casamento. É um iluminador que realmente deixa a pele brilhando de verdade, então eu não usaria no dia a dia, porque fica too much.

É o iluminador corporal da Fenty Beauty (cor Hold my trophy). Ele dura MUITO: tenho o meu há mais de cinco anos e ainda nem chegou na metade.
Só tem que aplicar com cuidado, porque ele mancha. Passa antes de colocar a roupa e espera secar bem.
Testa & thank me later!

Essa semana eu estava em busca de uma capa de chuva bonita. Não sei muito bem como dizer isso sem parecer a pessoa mais fresca do mundo, mas eu odeio andar de guarda-chuva. Não sei explicar o motivo, só sei que toda vez que estou segurando um, me sinto um pouco patética.
No meio da busca, acabei encontrando várias capas incríveis, daquelas que nem parecem capa de chuva. Aí comecei a reparar que muita gente usa esse tipo de casaco no dia a dia, e que no fim ele é não só lindo, mas também muito prático.
Como achei essa descoberta realmente útil, decidi compartilhar por aqui. Essas foram as minhas favoritas.

O item mais desejado do mundo é uma Havaianas.
Acima de um loafer da Saint Laurent e do vestido Ralph Lauren que a Taylor Swift usou no pedido de casamento.
Um sapato tão cotidiano pra nós acabou se tornando o item fashion do momento. Mas isso não aconteceu do dia pra noite — são respingos de uma tendência que teve seu auge (e que muitos acreditam estar em declínio): o Brasilcore.
Enquanto muita gente usava a camiseta da seleção no mundo a fora, aqui ela virava motivo de briga política. O Brasilcore foi um momento em que o mundo inteiro voltou os olhos pra moda brasileira. E, claro, as Havaianas não podiam ficar de fora.
Não demorou muito para a The Row, uma das marcas de luxo mais desejadas do momento, lançar seu próprio chinelo de dedo, idêntico ao nosso, só que cem vezes (literalmente) mais caro.
Óbvio que a maioria das pessoas não vai pagar isso. Então a alternativa foi simples: buscar o original. E, ufa, ainda bem que o nosso é bem mais barato.
No fim, parece que a gente sempre teve o item mais cool do verão, só faltava alguém copiar pra todo mundo perceber.

Criei esse quadro para responder perguntas de vocês, direto ao ponto. As vezes a sua dúvida é a mesma de outra pessoa! :)

A verdade é que o Adidas Samba não tem um sucessor, então as indicações não vão ser de um tênis viral que todo mundo tem, mas de alguns modelos que tenho gostado muito!

1- Adidas Tokyo
3- Sneakerinas (é estranho até você se acostumar e começar a achar estiloso)
4- Slimline Trainers (tênis com solado bem baixo e que parecem esportivos)
5- Nike Cortez
Se você tem alguma dúvida ou quer algum guide especifico, manda aqui de forma anônima e quem sabe eu respondo na próxima edição 🙂
✨ Não basta ter o book club mais legal do mundo, ser uma das maiores cantoras da atualidade, ela também quer ter uma marca de beleza. You go girl!
🧠 Priorizar a criatividade do que a quantidade de trabalho, é algo que as marcas vem percebendo (aos poucos). A Puma teve um movimento legal em direção a isso.
💌 Feels like a dream. And maybe it is!
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![]() | Oie! Eu sou a Pri Cao, e eu escrevo, edito e faço a curadoria de cada conteúdo que você encontra por aqui! Sempre fui apaixonada por moda e por toda liberdade criativa que ela nos proporciona. A ideia da The Setters é trazer conteúdos autênticos, com dados e estudos, mas também com a minha visão de mundo. Espero que você goste de ler essa newsletter tanto quanto eu gosto de escreve-la! ❤️ Vou deixar aqui o link das minhas redes sociais para quem quiser trocar (sempre estou aberta e amo muito) |
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