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o mundo rosa da Victoria's Secrets
golden years are actually pink years

Hey!
Crescer assistindo o Victoria's Secrets Fashion Show mudou meu cérebro para sempre. Eu acho que nenhuma marca conseguiu chegar perto do que a VS criou, um universo rosa, desejável e cheio de fantasia. Falei sobre a história da marca e o seu impacto no marketing.
Além disso, contei do evento de lançamento da minha collab com a Guya, a Lu Tardin falou sobre nostalgia & more
Espero que gostem :)
Have a nice reading!
Growing up with angels
O Super Bowl feminino, mais conhecido como Victoria’s Secret Fashion Show, aconteceu na quarta-feira — e eu não podia deixar de falar sobre essa marca que revolucionou o mercado da moda e se tornou, literalmente, um acontecimento cultural dos anos 2000.
Tem coisa que só quem viveu sabe. Se você teve o prazer de entrar em uma loja com luzes rosas, cheirinho de perfume, música alta e gavetas cheias de lingeries de todas as cores possíveis, para comprar um sutiã na pré-adolescência… posso te afirmar: você viveu os golden years. Nada supera aquela sensação.
Na minha primeira viagem aos EUA, com 12 anos, uma das coisas que mais me marcou foi justamente isso: comprar um sutiã na Victoria’s Secret. Lembro de entrar na loja me sentindo absurdamente adulta (mesmo tendo acabado de comprar um ursinho do Stitch) e escolher um modelo push-up rosa com bolinhas roxas.
O fato de eu me lembrar disso com tantos detalhes me faz ter certeza: nenhuma marca de lingerie conseguiu fazer o que a Victoria’s Secret fez.
Eles criaram um universo. Um sonho cor-de-rosa onde as meninas realmente se sentiam angels quando compravam qualquer coisa da marca. Sair com a sacolinha icônica (diga-se de passagem) era quase um acessório. Um símbolo de status. Era o luxo da época.
A história da Victoria’s Secret é curiosa, trágica e cheia de polêmicas. Mas é impossível negar o impacto que ela teve na cultura e no marketing.
A ideia surgiu quando Roy Raymond saiu para comprar uma lingerie para a esposa e ficou completamente constrangido com o ambiente frio e intimidador das lojas da época. Daí veio o insight: criar um espaço acolhedor, onde homens e mulheres se sentissem confortáveis.
Roy era um empreendedor nato — teve sua primeira empresa aos 13 anos, fez MBA em Stanford e tinha visão.
Em 1982, a marca foi comprada por Leslie Wexner por US$ 1 milhão. Sob sua liderança, veio a internacionalização e toda a estética girly-sexy das campanhas.
Em 1993, o criador Roy, enfrentando dificuldades financeiras, enfrentava falência em suas outras empresas, e havia passado por um divorcio difícil, infelizmente ele acabou tirou a própria vida.
Triste pois ele acabou nem vendo o verdadeiro turning point que aconteceu em 1995, com o primeiro Victoria’s Secret Fashion Show. Um espetáculo que misturava moda, música e entretenimento no auge da era das supermodelos.
Nasciam as Angels, com asas, brilho e uma beleza quase mitológica. Aquilo não era só um desfile, era o início de um desejo coletivo, que a gente nem sabia que tinha.
O nome “Victoria’s Secret” vem de um mistério: afinal, quem é Victoria? A teoria mais aceita é que foi inspirado na Rainha Vitória e na era vitoriana — símbolo de feminilidade, delicadeza e mistério. E o “Secret” seria justamente esse toque de sensualidade e confidência.
O sucesso foi cada vez mais exponencial, e o auge veio em 2012, quando Justin Bieber se apresentou no VSFS. A marca, antes adulta e sexy, passou a conquistar também o público adolescente, impulsionando o sucesso da linha Pink.
Em 2015, a Victoria’s Secret detinha 40% do mercado de lingerie dos EUA — um número surreal. A marca já não era só sobre lingerie, era um estado de espírito. Um lugar no imaginário coletivo. E esse é o maior segredo de uma grande marca: quando ela deixa de vender produtos e passa a vender um sentimento.
Mas tudo começou a ir por água abaixo. Vieram denúncias contra o CEO, polêmicas de assédio e uma desconexão com o novo discurso de diversidade e corpo real. Enquanto isso, Rihanna reinventava o jogo com o Savage x Fenty Show: diverso, ousado e genuíno.
A queda foi inevitável. Mas como tudo na moda e na sociedade, o pêndulo sempre volta. Depois de uma onda mais liberal e progressista, veio a nostalgia e o conservadorismo. A saudade das Angels, das asas, da beleza irreal e dos anos 2000.
E é essa nostalgia que explica o comeback. Vivemos um tempo em que amamos revisitar o passado, e o retorno do Victoria’s Secret Fashion Show prova isso. Mesmo com todas as mudanças, a marca ainda tem um espaço afetivo enorme na nossa memória.
Talvez porque, no fundo, ela nunca foi só sobre lingerie. Foi sobre o sentimento que ela causa. É sobre ver uma angel desfilando e ver uma beleza singular. Sobre aquele momento de entrar numa loja cor-de-rosa e comprar seu primeiro sutiã, e depois voltar lá diversas vezes com a mesma sensação.
E é isso que torna a Victoria’s Secret tão poderosa, uma marca feita de lembranças. Até quem nunca consumiu, tem alguma memória a respeito.
Shop my cool finds 🙂
Saia nk: Faz meses que vejo ela, e agora que lançou, eu ainda estou completamente apaixonada
Kit blusinhas H&M: ótimas para treinar! Tecido macio e cores fofas
Charm pérola Guya: fofinho e super diferente
Sapato Zara: amei a cor e a modelagem
Calça TIG: calça aladdin is back e amei essa marrom
It’s raining teens (e millennials nostálgicas também) w/ Lu Tardin
![]() | Oii, Me chamo Luiza Tardin e sou influenciadora de moda, beleza e lifestyle! |
esses dias eu ganhei de aniversário um presente que almejei durante toda a minha pré-adolescência: a icônica edição da vanity fair “it’s raining teens”, de 2003. aquela capa que reunia todas as divas pop da época — lindsay lohan, hilary duff, amanda bynes, mary-kate e ashley olsen, raven symoné, alexis bledel, mandy moore… se você não sabe do que estou falando, perdão, talvez seja porque você é gen z. mas eu vou fazer um paralelo pra você ter uma ideia: seria como se uma revista reunisse hoje a zendaya, billie eilish, olivia rodrigo, sabrina carpenter, willow smith… (espero estar usando as referências certas kkk). mas, em resumo, é um pedaço da história das adolescentes millennials. um marco cultural do início dos anos 2000.
quando a revista chegou, fiquei dois dias com ela embrulhada no papel de presente, dormindo do meu lado enquanto eu tentava digerir a ansiedade e até um certo pânico de finalmente ter algo que sonhei por tanto tempo (era pra ser uma surpresa da minha namorada, mas ela tem boca de sacola e eu já tinha adivinhado o que era kkk). quando finalmente tomei coragem para abrir, foi como se a minha criança interior tivesse tido um pequeno surto de alegria. eu sentia que aquele momento tava curando algo que eu nem sabia que tava doendo. que eu tava sendo abraçada pela luli que amava postar no fotolog, que passava horas fazendo montagens, gifs e blends no fireworks, e que se vestia como uma protagonista de filme de patricinha.
entre o riso e a emoção, fiquei pensando no porquê aquilo tinha me afetado tanto. foi depois de processar esses sentimentos que me ocorreu: não era só sobre uma revista. era sobre o que aquilo representava. segura-la nas mãos era como segurar um pedaço de quem eu fui. uma pré adolescente cheia de sonhos, que via naquelas atrizes e cantoras referências de estilo e de personalidade (e que tiveram e ainda tem um impacto muito grande em quem eu sou). foi ali, folheando aquelas páginas, que percebi o quanto a nostalgia tem esse poder de abrir portais silenciosos: ela nos devolve pedacinhos do que deixamos pra trás, mas também nos mostra o quanto seguimos sendo feitos deles. e como eu amo ser feita dessas referências!
a nostalgia é um lugar seguro e reconfortante, onde eu consigo revisitar momentos, lugares, sentimentos - e que me faz lembrar de quando a vida era mais devagar, mais descomplicada. toda vez que eu quero fugir para uma realidade paralela, recorro a um filme ou a um álbum dos anos 2000, porque lá é simplesmente o meu safe space, sabe? é ali que eu me reconecto com o que me fez ser quem eu sou. é um sentimento de conforto, mas que vem acompanhado de uma pontinha de melancolia (que não ironicamente às vezes é uma sensação que eu busco sentir, confesso). e talvez seja justamente essa mistura que torne a nostalgia tão viciante. porque não é muito louca aquela sensação de ouvir apenas os primeiros segundos de uma música antiga e sentir um nózinho no peito? uma coisa meio doce ao mesmo tempo que triste? que não é exatamente saudade - é outra coisa. uma emoção que mora nas entrelinhas da memória, num lugar onde o tempo parece suspenso.
isso também explica o porquê das eras voltarem em ondas: o y2k, o revival dos anos 2010, o tumblr reencarnado em estéticas e filtros. a nostalgia virou estética, virou performance. um jeito de brincar de passado para suportar o agora. mas no fundo, o apego a essas eras diz menos sobre o passado e mais sobre o presente. digo isso porque o mundo muda rápido demais, e revisitar o que já foi é uma forma de se ancorar. é a tentativa de encontrar sentido num tempo que parece sempre estar prestes a se desfazer.
eu gosto de pensar que a nostalgia é uma espécie de espelho — um reflexo torto, mas gentil. quando olho pra ela, não vejo só o que perdi, mas vejo principalmente o que ficou. e talvez seja isso que a torna tão irresistível: a promessa silenciosa de que nada que foi sentido de verdade se perde por completo.
A dream!
Semana passada teve o lançamento da minha collab com a Guya, uma marca de acessórios super delicados e cheios de personalidade. Já mostrei os charms aqui e também no meu Instagram, mas queria contar um pouco o que cada um representa pra mim, e também contar do evento que tivemos nessa semana.
São 6 charms, cada um deles representa muito minha personalidade.

O de anjinho foi um dos primeiros que quis e tive a ideia, porque AMO meu anjo da guarda, é tipo um melhor amigo que te protege literalmente todos os dias da vida, então nada melhor do que homenagear ele.
No tema religião ainda, escolhi uma cruz pequena e delicada. Sentia falta de algum acessório assim, todos eram muito grandes, e ficou exatamente como eu queria. Esse charm é para sempre lembrar que Ele cuida de tudo, e que nenhuma cruz é em vão.
Escolhi 2 para representar essa newsletter e a The Setters, o de raio, que foi o primeiro emoji que usei como ícone, e a love letter, que é exatamente como eu imagino a news chegando na caixa de email de cada um, hihi.
Por fim, escolhi dois que me representam muito, o lacinho com strass, que é bem do meu universo, e a florzinha de pérolas super autentica e diferente.
Fizemos um evento de lançamento na quarta-feira, com 10 amigas minhas, para um charm bar. Cada uma montou um colar do jeito que queria, e foi muito legal ver cada uma fazendo um que ficasse a cara delas!
Choose your favorite
choose your favorite |
Se você quiser conhecer a coleção, clica aqui 🙂
Montei esse look pra tirar foto para conteúdo da nk e simplesmente amei. Vestido com calça é algo que eu jamais pensaria que ia gostar… e to amando.
Amei essa sandálida Loja Três
Uma dica pra quem gosta de trocar sempre de bolsa: coloca uma bandeja na porta do seu quarto e tira tudo de essencial que você leva, ai toda vez que você trocar, as coisas importantes vão estar la
Meu novo sabor favorito de supercoffee
Minha irmã me deu esse cheirinho de carro de morango, e amei! é da both & body works
A melhor parte de assistir a um desfile — ou ver uma coleção de perto — é imaginar de onde veio a inspiração do artista. Isso vale pra tudo: moda, arte, arquitetura… são lugares tão íntimos e pessoais, que acabam sendo expostos e reinterpretados.
Esse post reúne algumas das referências por trás de grandes nomes da moda. Achei legal compartilhar e exercitar esse olhar mais atento para entender de onde vem a criação de cada um.
Criei esse quadro para responder perguntas de vocês, direto ao ponto. As vezes a sua dúvida é a mesma de outra pessoa! :)

Oii, eu adoro pensar nessas respostas! Foi muito difícil, sou muito apegada a quase tudo, mas cheguei nas minhas top 3 peças:
1- Calça jeans
Não podia deixar de começar com jeans. Eu amo, uso sempre, versátil, atemporal, combina com TUDO. Impossível abrir mão.
2- Regatas
Eu amo, tenho de várias cores e acho ótimas para usar de base junto com uma calça jeans, ai é só pirar na terceira peça e nos acessórios!
3- Blazers
Eu acho que deixam qualquer look mais chic! São ótimos e combinam com diversas ocasiões e looks. Amo com modelagem over, acho que fica cool.
Se você tem alguma dúvida ou quer algum guide especifico, manda aqui de forma anônima e quem sabe eu respondo na próxima edição 🙂
❤️ Amei essa collab! Já quero
📷 Essa nova campanha da Jacquemus ficou linda! Bem Wes Anderson
🎨 When craft meets fashion. Love it
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![]() | Oie! Eu sou a Pri Cao, e eu escrevo, edito e faço a curadoria de cada conteúdo que você encontra por aqui! Sempre fui apaixonada por moda e por toda liberdade criativa que ela nos proporciona. A ideia da The Setters é trazer conteúdos autênticos, com dados e estudos, mas também com a minha visão de mundo. Espero que você goste de ler essa newsletter tanto quanto eu gosto de escreve-la! ❤️ Vou deixar aqui o link das minhas redes sociais para quem quiser trocar (sempre estou aberta e amo muito) |
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