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o Trump vai fazer o shorts com a bandeira dos EUA voltar a moda?
when worlds collide: moda e política
Hey!
Essa semana teve apenas um assunto predominante no meu feed: eleições dos Estados Unidos. Sempre fui muito atenta com a roupa que as pessoas decidem usar em determinadas situações, e na política não é diferente. Tudo comunica. Sempre.
Além disso, achei meu novo conjunto favorito e ganhei um presente de uma marca que faz parte da minha vida há muitos e muitos anos.
Espero que gostem
Have a nice reading!
Moda e política podem parecer assuntos distantes, mas a relação entre os dois é muito mais próxima do que se imagina. Hoje, a indústria da moda é avaliada em mais de 1,7 trilhões de dólares e representa mais de 2% do PIB mundial, um mercado imenso e que não para de crescer.
When worlds collide…
Desde as primeiras cidades-estado, onde os cidadãos podiam participar do governo, a moda já era uma ferramenta política. Na Grécia Antiga, por exemplo, existiam tecidos e modelagens usados para representar democracia e liberdade, como o himatio, uma capa usada por cidadãos ativos na vida pública ou política.
Foi na Revolução Francesa, quando pela primeira vez, todos os cidadãos se tornaram iguais perante a lei que essa relação foi ficando mais evidente. Antes desse período, as classes mais altas se diferenciavam por roupas chamativas, com muitas joias e cores vibrantes (tanto homens quanto mulheres). Nesse contexto, surgiram os primeiros ternos, peças que passaram a ser usadas tanto pelos homens mais nobres quanto por trabalhadores que precisavam de roupas sociais, marcando a primeira grande mudança nas roupas masculinas.
No século 20, muitos designers passaram a incorporar suas crenças políticas nas criações. Coco Chanel e Christian Dior, por exemplo, desafiavam o regime da época, embora de maneiras diferentes. Chanel, por exemplo, foi uma das pioneiras ao criar roupas consideradas masculinas para mulheres, enquanto Dior apostava em looks super femininos. Mesmo com suas abordagens divergentes, ambos usaram a moda de forma política.
Nos anos 60, a revolta política dos jovens gerou o movimento Youthquake, uma rejeição ao conservadorismo, e a liberdade tornou-se uma força dominante, com movimentos feministas e sociais crescendo. E foi nessa época que Mary Quant criou uma peça que materializa tudo isso: a minissaia.
Em seguida, o movimento punk surgiu como uma rejeição às normas, e Vivienne Westwood foi uma das principais responsáveis por levar essa estética ao mundo do luxo. Para ela, a moda sempre teve uma dimensão política, refletindo ideais de anti-consumo, autossuficiência e subversão da autoridade.
Time travel’s fun, but let’s focus in the now
Desfile da Victoria’s Secret voltando, o crescente mercado vintage, o estilo preppy e old money ganhando destaque, e coleções de marcas como Gucci e Chanel com menos pele à mostra. Tudo isso indo contra um movimento recente onde a moda estava bem liberal e sexy, isso reflete um cenário de crescente polarização política no mundo.
Para mostrar a polarização, vamos usar de exemplo a camiseta do Brasil. Após a eleição Haddad x Bolsonaro, ela tomou um outro significado e hoje em dia ainda é associada ao movimento de direita. Muita gente que não concorda com Bolsonaro não usa a camiseta nunca, a não ser em época de Copa do Mundo.
O movimento Brasilcore quase conseguiu retirar essa imagem política, mas not yet!
Nesse caso, foi a população que deu significado a camiseta do Brasil e ressignificou um item de moda, mas muitas vezes os próprios políticos utilizam da moda como aliada para ter maior aceitação do povo. Por exemplo quando João Doria se veste de gari, Bolsonaro vai a uma reunião importante de chinelo, ou Trump se veste de lixeiro, esses gestos têm como objetivo mostrar que eles são do "povo”, buscando criar uma conexão e aumentar suas chances de vitória.
Essas estratégias de utilizar a moda como aliada por políticos fica mais clara em eventos de grande relevância. Como na posse de Joe Biden em 2020, onde uma cor se destacou nas roupas de várias mulheres importantes, como Kamala Harris, Michelle Obama e Hillary Clinton: o roxo. Essa cor, resultado da mistura do azul (dos democratas) com o vermelho (dos republicanos), simbolizava uma tentativa de união e representava um apelo ao povo americano para superar divisões políticas.
Kamala Harris também fez uma escolha política ao usar um vestido de Christopher Rogers na posse, um designer negro e queer, reforçando seu ativismo com os direitos das minorias.
Mas não é só a roupa dos políticos que comunica, as roupas escolhidas pelas primeiras-damas, como Melania Trump, também sempre passam uma mensagem. Ela costumava usar roupas discretas e conservadoras, criando uma imagem de distância, mas na última terça-feira, no anúncio de vitória de Donald Trump, ela usou um conjunto de alfaiataria Dior, bem "business style”, um movimento sutil, mas significativo.
Aqui quero fazer um highlight para a primeira-dama mais estilosa que o mundo já viu: Jackie Kennedy! Fun fact: a bolsa Jackie da Gucci foi inspirada nela e é um ícone da marca até hoje.
Ok, so what’s next?
Daqui pra frente, com os Estados Unidos elegendo Donald Trump como presidente, tem alguns movimentos na moda que podem refletir esse novo momento.
Lembra das capinhas de celular e shorts com a bandeira dos EUA? Pode ser que o comeback venha
Essa movimentação já está acontecendo bem lentamente, e os anos 2010 estão revivendo de algumas maneiras sutis na moda. Mas eu acredito que o patriotismo que Trump incentiva vai acelerar a volta da bandeira dos EUA como símbolo fashion.
Também é possível que o conservadorismo na moda ganhe força, com estilos como old money e preppy se tornando ainda mais populares.
Como vimos ao longo da história, a moda não é apenas sobre o que usamos, mas sobre o que escolhemos comunicar ao mundo. Ela é uma ferramenta politica, e resultado de diversos movimentos importantes na história. Nunca é só sobre roupas.
Shop my cool finds 🙂
Calça Zara (modelagem e lavagem pftas)
Tote bag Triya (perfeita pro verão)
Meia Zara (ok é a coisa mais fofa que já vi nos últimos tempos)
Chinelo Schutz (super cool e diferente)
Camisa Mondepars (eu to obcecada por isso)
Got a secret, can you keep it? w/ Lou Peixoto
Hello, Lou aqui :) tenho 21 anos, estou me formando em Moda e sou viciada na Vogue… foi assim que surgiu o que vocês vão ler agora! Hope u like it |
Já assistiu Midnight in Paris? se não, corrija esse erro o mais rápido possível! Mas se você sabe do que estou falando, eu sou o Gil, só que vamos substituir os pintores e escritores por designers…
Vivo nessa utopia do passando, os anos dourados da moda, onde tudo era novidade e um novo mundo era criado a cada coleção.
Sempre adorei acompanhar red carpets, ficar na expectativa do que seria escolhido para um momento de tanto glamour; e já que nem toda experiência é individual, o algoritmo fez eu encontrar @jenna.sais_quoi_, que também tinha uma mesma obsessão que a minha: o vestido que Drew Barrymore usou na premiere de Ever After, filme com uma estética renascentista e inspirado na história que crescemos ouvindo, da Cinderela!
E para mim essa peça sempre foi um grande mistério, de onde surgiu? Um corset de gala com saia cheia de camadas, digno de conto de fadas.
Será que Galliano ou Ferragamo? tem o aesthetic de John, mas Ferragamo já tinha uma relação com a atriz, visto que fez o icônico sapato usado no filme; e nenhum site conseguia me responder… até essa semana.
Meu mistério fashion preferido foi resolvido: Vogue foi à ambas as casas, Dior e Ferragamo, e até Barrymore não ficou de fora da caça ao tesouro! Depois de muito tempo sem encontrar a resposta certa, descobri que o designer que criou o vestido dos meus sonhos foi… FERRAGAMO!
Agora posso dormir em paz.
A Priscilla criança está em surto com esse recebidos.
Eu AMAVA usar Melissa transparente quando era mais nova, e simplesmente receber essa fofura em casa me deixou super super felizzzz.
Venho notado que as gringas estão usando muito jellyshoes (sapatos feito de plástico) e acho que a trend vai voltar forte por aqui no verão.
Já to muito animada pra montar vários looks com ela
Say hi to my new favorite set!
To amando a trend do butter yellow, e simplesmente achei o conjuntinho perfeito na Loja 3.
Já to pensando em vários jeitos de usar a camisa e o shorts também da pra usar como boxer embaixo de calça jeans, aparecendo só o cós (i love).
Achei esse post muito legal para representar como uma tendência surge, vive o ápice e entra em declínio.
O animal print, mais especificamente o leopard print 🐆, começou a aparecer bastante nas coleções de verão de 2023, mas foi só no inverno de 2024 que viveu seu ápice e ai logo na temporada seguinte já estava com a menor relevância em 2 anos.
O período até uma tendência se consolidar é bem mais longo do que para ela sumir.
Fica a dica também desse Instagram @tagwalk que posta vários insights e dados de moda 🙂
🍕 A foto mais icônica dos últimos tempos
⚽ Ele realmente está em absolutamente todos os lugares. Agora até tem collab de roupa
📆 Shut up! Preciso disso agora
Tell me what’s on your mind!
O que achou dessa edição?
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