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ser fiel ao que acredita
a constância fez Giorgio Armani ser um dos maiores ícones da moda
Hey!
Semana passada perdemos Giorgio Armani, um dos gênios da moda, que foi fiel ao que acreditava e manteve sua personalidade firme até o fim. Suas criações são imunes ao tempo e as tendências. Ele é sinônimo de atemporalidade.
Eu roubei o spot das it girls nessa edição e decidi compartilhar com vocês minha trajetória na moda, além disso dei dica de um brechó muito fofo que to amando!
Espero que gostem :)
Have a nice reading!
The timeless style by Giorgio Armani
Semana passada tivemos uma perda significativa no mundo da moda. Giorgio Armani faleceu aos 91 anos, e foi um dos maiores designers que já existiu. Seu olhar único para o vestuário é atemporal e suas criações não possuem data de validade.
Enquanto outros impérios da moda ganham dinheiro com bolsas e calçados, o apelo de Armani sempre esteve no vestuário. E indo na contramão, criou o seu império de 10 bilhões de dólares.
Nascido em Piacenza, ele chegou a cursar medicina (acredito que seu olhar preciso e exato tenha vindo nessa época), mas insatisfeito com a profissão, abandonou os estudos e virou vitrinista. Foi aí que teve seu primeiro contato com a moda.
Em 1975, fundou sua própria marca, de maneira discreta, assim como ele. Sem grandes alardes, lançou uma coleção masculina com cores neutras e cortes que já começavam a questionar o que consideramos elegante e sofisticado.
Ele reformulou o terno para destacar o corpo, não escondê-lo. Seus designs contrastavam com a moda masculina das décadas de 1950 e 1960, quando os ternos eram rígidos, feitos para conter e afinar a fisicalidade masculina. Armani seguiu na direção oposta: retirou o forro, refez a construção da peça e permitiu que ela caísse de forma fluida, redesenhando a figura masculina como algo mais expansivo e até romântico.
Armani foi muito fiel em sua visão e raramente (ou nunca) se desviou dela. As tendências vinham e passavam, mas ele continuava fazendo o que acreditava. Não era uma moda passageira. Era dele. Era real. Todo alfaiate de luxo que veio depois foi inevitavelmente comparado a ele.
Ele percebeu cedo a força da imagem e começou a se aproximar de atrizes. Entendeu que, se estivesse nos tapetes vermelhos das grandes premiações, seu nome e seu trabalho ganhariam o mundo. Foi assim que eternizou Diane Keaton com um blazer quase masculino.
Após 30 anos de marca, decidiu criar sua linha de alta-costura, a Armani Privé. Nela, levou ao extremo sua obsessão por precisão, elegância e detalhamento. Ali ele conseguia ser ele mesmo na forma mais pura e natural possível. Fez isso como ninguém: materiais nobres, cores neutras, caimento impecável e qualidade acima de tudo.
Armani foi sagaz e não parou na moda. Criou hotéis, galerias de arte, perfumes, cosméticos, doces, uniformes para times esportivos e festivais de cinema. Sua visão era holística. Ele construiu um universo completo e coerente.
"Minha grande luta é com o tempo", disse ele em uma entrevista recente à CNN. E é curioso, porque suas criações são justamente as que menos sofrem com o tempo. Ele eternizou o clássico. O tempo é incapaz de apagar grandes criações, ou grandes ícones.
Com frequência, surgiam vídeos dele arrumando vitrines, mexendo pessoalmente nos detalhes de suas lojas. Armani também foi um empresário atento, que manteve sua independência em uma era de consolidação, um comunicador inovador e um chefe que estava no controle de todos os aspectos de seus negócios. Isso trazia um aspecto pessoal e perfeccionista para o seu negócio. Era ele ali, com toda a sua alma.
Todas as coleções começaram com uma cascata de tecidos sobre uma enorme mesa, que ele examinava pessoalmente, após uma primeira seleção feita por sua equipe. Isso exigia tempo, cuidado e, acima de tudo, respeito. Ele respeitava o processo e o trabalho dos outros.
Armani tinha uma visão muito clara do feminino. “Tenho grande estima pelas mulheres. Acho que elas sabem ser sedutoras sem recorrer a um exibicionismo que facilmente escorrega para a vulgaridade e o excesso”, escreveu certa vez. Ele reconheceu as mulheres americanas como as primeiras a valorizar seu trabalho e sua ousadia.
Sua estética discreta e refinada refletia a alma de Milão (cidade onde viveu por décadas) e era como ele: elegante, reservada, quase silenciosa. A elegância para ele não era uma tendência, era uma maneira de estar no mundo. Por isso, muitas vezes foi criticado por “não acompanhar os tempos”, especialmente na era das modas efêmeras. Mas essa recusa em seguir o fluxo só fortaleceu sua personalidade e autenticidade. Armani manteve uma voz singular ao longo de 50 anos.
Antes do “athleisure” virar tendência, já havia abraçado o vestuário esportivo com a linha Emporio Armani. Antes das colaborações entre luxo e streetwear se tornarem regra, ele democratizou o design com a Armani Exchange. Ele fazia “quiet luxury” antes mesmo dessa palavra existir.
Giorgio Armani estava envolvido em tudo: cada imagem, cada letra da identidade visual, cada tecido, cada botão. Isso é o que faz a diferença. É raro encontrar um diretor criativo com tanto cuidado.
Armani entendeu, desde cedo, que o verdadeiro luxo está na simplicidade, na permanência e, principalmente, em confiar no que acredita. Suas roupas não gritam tendências — elas transparecem a alma do seu criador.
You will forever be missed, Giorgio! ❤️
Shop my cool finds 🙂
Top All Most Vintage (statement piece para ter no guarda roupa, amei)
Mocassim Vicenza (muito fofo)
Bolsa H&M (perfeita para o dia a dia)
Colar GEMM (aquele colar que faz o look)
Vestido TIG (não tenho nem palavras, lindo).
Como eu vim parar aqui w/ Pri Cao
![]() | Oiii, sou a Priscilla e eu que criei essa newsletter que você ta lendo. Decidi roubar esse espaço das it girls de vocês, para contar da minha trajetória no mundo da moda, e responder algumas dúvidas que sempre me perguntam. |
Eu tinha a ideia de escrever aqui desde que comecei a newsletter. Achava que, em algum momento, seria legal compartilhar algo mais pessoal, além das dicas que dou toda semana. Recentemente, recebi uma pergunta sobre esse tema e ontem uma amiga compartilhou um conselho que dei para ela sobre o mercado. Achei que esse era um bom momento para escrever.
Gosto de moda desde que me entendo por gente. Me distraí algumas vezes no caminho, achando que queria ser veterinária ou até bióloga marinha. Mas era óbvio que eu ia acabar exatamente aqui.
Lembro de ter 11 anos e passar todos os dias na frente da loja do Arthur Caliman (era o caminho da minha escola), e toda semana eu escolhia um vestido novo favorito e corria pra casa para desenhá-lo. O meu favorito de todos os tempos era um tomara que caia amarelo, com um laço preto amarrado.
Vou deixar alguns aqui para vocês verem. Acho que a Priscilla de muitos anos atrás estaria muito contente com o rumo que minha vida tomou.
Nesse ponto, preciso fazer uma menção honrosa ao meu fã-clube do Justin Bieber que eu tinha nessa época (kkkk), porque foi fuçando muito no Twitter que aprendi a fazer colagens e a mexer no Photoshop. Então, tudo o que vocês veem aqui de design começou lá atrás.
Me formei no colégio, fui cursar Publicidade e Propaganda na ESPM e sou muito grata à minha faculdade por tudo o que me proporcionou, principalmente pelas pessoas que conheci ao longo do caminho e que me abriram diversas portas.
Meu primeiro estágio foi na Y&R, uma agência de publicidade bem tradicional aqui de São Paulo. Eu cuidava da agenda de todos os criativos e dos fluxos de demanda. Por mais que não tenha relação direta com o que faço hoje, esse trabalho me ensinou a ser organizada e a entender a ordem das prioridades. Por isso, sempre digo: jamais achem que só porque ainda não estão no trabalho ideal, estão perdendo tempo.
Logo depois, comecei o TCC. Meu grupo quis desenvolver um projeto empreendedor e criamos a The Setters… Não do jeito que você conhece hoje — era uma página voltada para mulheres empreendedoras. Pegamos gosto por postar e seguimos, principalmente sobre moda, mesmo depois que a faculdade acabou. Virou um hobby.
Enquanto isso, eu entrei oficialmente no mundo da moda em 2021, em uma agência que atendia alguns clientes do setor. Logo depois, fui para a Schutz.
Lá, eu era RP: cuidava da imagem da marca junto às influenciadoras e à mídia. Desenvolvi projetos incríveis por lá e sou muito grata por tudo o que aprendi e pelo quanto eu cresci. Em 2024, encerrei esse ciclo. Não sei dizer exatamente qual foi o ponto de virada que me fez tomar a decisão de sair, mas eu sentia que aquele já não era mais o meu lugar. Foi uma das decisões mais difíceis que já tomei, ainda mais porque eu não tinha nenhum plano para depois.
Tentei tirar um tempinho sabático, mas não funcionou, rs. A ideia da newsletter surgiu exatamente um mês depois da minha demissão. Já queria levar a The Setters adiante, mas acho que foi transformador ter esse canal também.
Demorou muito para que ela ficasse do jeito que eu queria e não fiz nada sozinha, tive o apoio de muitas pessoas ao meu redor, que acreditam muito em mim.
Lembro de ficar editando até altas horas para encontrar o design perfeito, o nome dos quadros que fizesse sentido… tudo foi muito pensado. E, desde então, toda semana estou aqui, fazendo o que mais gosto: sentar e escrever sobre assuntos que fazem meus olhos brilharem.
Eu mudei muito desde que tudo isso começou: meu estilo, meus gostos, minhas referências… Mas a animação, o frio na barriga e a alegria de receber o feedback de vocês continuam exatamente os mesmos.
Ainda me sinto um pouco como a menina que corria pra casa para desenhar os vestidos do Arthur Caliman. Esses dias, fiquei toda arrepiada assistindo a um desfile de moda e pensei: “Que delícia é não me acostumar com isso”.
Hoje em dia, eu trabalho na nk store como social media e também cuido da parte de influenciadoras. Voltei para o mercado corporativo com o desejo de agregar, aprender e construir, e sinto que a nk me dá espaço para isso. Estou muito feliz lá! Meu dia a dia é a principal inspiração para tudo o que escrevo aqui.
Desculpem tornar isso tão profundo, rs. Era pra ser um guia prático de carreira... Mas tudo, absolutamente tudo o que eu faço, é feito com todo o meu coração. E não tem nada que me deixe mais contente do que saber que vocês aprendem algo novo comigo, ou passam a enxergar a vida e a moda com uma nova perspectiva.
Saibam que, quando vocês estão lendo, sou eu escrevendo com total presença. Até nas semanas e dias mais difíceis (e acreditem, teve semana que eu achei que seria impossível escrever). Mas meu compromisso é com algo maior do que eu, e Ele que guia cada passo meu. E é por isso que me sinto cada vez mais realizada.
Aproveito para agradecer cada um que lê e cada marca que confia no meu trabalho para divulgação. Muitas vezes eu me senti perdida profissionalmente e demorei para perceber que nem sempre o trabalho dos sonhos vai te trazer só sorrisos. O segredo está em encontrar propósito, em tudo o que você faz 🙂
Com muito amor (como sempre),
Prica
❤️
Essa dica eu to até com ciúmes de compartilhar, rs.
Estava procurando um vestido bordado com cara de vintage, e nada melhor do que realmente comprar um vestido vintage. Fiquei procurando no Instagram e encontrei diversos brechós muito legais que vendem essas peças!
Esse que decidi compartilhar foi um dos meus favoritos. Eles vendem peças muito únicas, principalmente acessórios.
Se eu tivesse que imaginar o guarda-roupa de uma vózinha chic e delicada, seria exatamente com as peças que eles vendem.
Obcecada nesse tênis. O modelo chama Tokyo e é diferente dos que todo mundo tem da Adidas. Esse é verde metalizado, super diferente.
Essa semana tive outro shooting, fiz os conteúdos com minha handcam. Comprei ela pelo enjoei há um tempo, e uso muito.
To viciada em iogurte bowl, misturo várias frutas e granola (essa é minha fav, da naked nuts!! tenho cupom no site: PRICAO)
Melhor música de Swag II ❤️
O que mais me chama atenção em The Summer I Turned Pretty é o figurino do Conrad. Melhora cada episódio.
Já falei da Nude Project algumas vezes por aqui, é uma marca super cool, fundada pelo Bruno Casanovas. Eles fazem diversas ativações diferentes e legais que eu amo acompanhar.
Ele postou esse carrossel falando como o Instagram transformou ele em uma pessoa que ele odiava. Tudo começou com ele compartilhando os bastidores da marca, e acabou virando uma vitrine de momentos e realizações pessoais que não agregam em nada. O preço que se paga por ter uma vida exposta nesse nível, é que talvez você esteja vivendo para performar, e isso tira qualquer um do eixo e da originalidade.
Eu comentei por aqui que achava que os influenciadores de lifestyle iam ter uma queda, e que agora seria a vez dos curadores crescerem. Pessoas que te indicam coisas legais e não se expõem além do necessário. Acho que essa movimentação vai ser huge.
Mas no caso do Bruno, ele está compartilhando detalhes pessoais de sua trajetória, que ninguém imaginaria, uma conexão muito real. O fundador de uma marca super cool, mostrando viagens, amigos, esportes, namoradas… tudo parecia o máximo, aí você descobre que ele sofre de ansiedade e solidão…

Acho que esse é o tipo de conexão que vai crescer muito também. Isso vale para tudo: marcas, pessoas, influenciadores. As pessoas querem saber o seu lado real, e não o performático.
O backstage que envolve falhas, momentos ruins e principalmente, as imperfeições que a gente evita mostrar.
Criei esse quadro para responder perguntas de vocês, direto ao ponto. As vezes a sua dúvida é a mesma de outra pessoa! :)

Eu acho que seguiria a linha dos óculos de sol que uso. Gosto de modelos finos e mais delicados. Escolhi esses 4 aqui:
Se você tem alguma dúvida ou quer algum guide especifico, manda aqui de forma anônima e quem sabe eu respondo na próxima edição 🙂
🍾 A champagne do ano novo vai ser diferente esse ano
💌 Esse virou meu dream dress
🆒 A loja mais cool existente
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Aqui tem o seu link para compartilhar a The Setters com quem você conhece e desbloquear prêmios. Cada pessoa que chegar por você, conta! e dá pra acompanhar tudo em tempo real nesse contador aqui embaixo:
Editor’s note
![]() | Oie! Eu sou a Pri Cao, e eu escrevo, edito e faço a curadoria de cada conteúdo que você encontra por aqui! Sempre fui apaixonada por moda e por toda liberdade criativa que ela nos proporciona. A ideia da The Setters é trazer conteúdos autênticos, com dados e estudos, mas também com a minha visão de mundo. Espero que você goste de ler essa newsletter tanto quanto eu gosto de escreve-la! ❤️ Vou deixar aqui o link das minhas redes sociais para quem quiser trocar (sempre estou aberta e amo muito) |
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