você prefere uma Birkin ou paz de espírito?

inacessível é o novo cool

Hey!

A forma que a minha geração se relaciona com itens de luxo é muito diferente das anteriores, e isso vem ficando cada vez mais discrepante. Ser cool agora não é ter a última bolsa de grife, mas sim ter experiências únicas e postar nos stories antes que vire hype.

Além disso, a Lou veio dar dicas de marcas de acessórios, fiz uma reflexão sobre IA e moda & more

Espero que gostem :)

Have a nice reading!

Unavailable is the new cool.

Se você pensar em luxo, provavelmente vai imaginar uma bolsa de grife, uma roupa cheia de logo ou uma peça muito exclusiva como a Birkin da Hermes. Marcas que demoraram anos para construir um legado e estarem nessa posição de exclusividade, mas que hoje lutam para manter esse spot na mente das pessoas.

Isso está acontecendo pois o conceito de luxo vem mudando, principalmente entre a Geração Z, que passou a valorizar a experiência, o lazer e a cultura, muito mais do que peças exclusivas.

Segundo o jornalista Edmond Lau, esses produtos que antes eram vistos como luxo, muitas vezes, dependendo do ambiente e situação, podem comunicar exatamente o oposto.

Com a viralização de peças nas redes sociais, muitas réplicas surgem rapidamente. O tênis mais cool que uma marca como a Miu Miu lança, em três meses está nas vitrines de qualquer loja de sapato. É aquilo: o que todo mundo pode ter, perde o encanto e perde o espaço. Afinal, o luxo sempre flertou com a exclusividade, e se não é exclusivo, não é luxo.

Mas o que poderia ser tão mais exclusivo do que uma bolsa de 50 mil reais?

Seu tempo.

Fazer uma aula de yoga às 10h30, ser convidada para eventos fechados, se hospedar em hotéis únicos ao redor do mundo, cozinhar a própria comida, manter hobbies e conseguir tempo para tudo isso no dia a dia. E, o mais importante: fazer tudo isso antes de viralizar nas redes.

Nada se tornou tão valioso quanto o seu tempo. Uma pesquisa feita na Ásia mostrou que 71% das mulheres preferem investir em viagens e experiências do que em bens materiais. Parece que todo mundo está sonhando com algo além da it bag.

Mas porquê estamos valorizando tanto o nosso tempo?

Nunca estivemos tão conectados. Hoje, é possível saber a vida inteira da influenciadora que você segue, a data do casamento daquele amigo de infância que você não vê há 10 anos, ou até os detalhes da viagem do seu professor de história da 9ª série. Mas... será mesmo que queremos saber tudo isso?

Antes dos stories do Instagram, a vida online era mais contida. Compartilhavamos algumas fotos, víamos uns vídeos e estava tudo bem. Os stories mudaram esse comportamento — nos acostumamos a assistir, por horas, a rotina de outras pessoas. Um estudo da Morning Consult aponta que jovens da Geração Z passam, em média, 112 dias por ano no celular (!!! help).

Essa mudança de comportamento impactou diretamente as marcas de luxo, que antes vendiam apenas imagem — e isso bastava para gerar desejo. Não me entenda mal: a estética ainda importa (e muito), mas não é mais suficiente. O consumidor agora quer experiência e personalização. Quer que as marcas valorizem o seu tempo.

A Hermès tem feito isso com maestria. Sempre ligada à arte, a marca vem investindo nisso de forma brilhante: exposições em várias cidades, workshops de desenho, colaborações com mais de 50 artistas… Cada uma dessas ações posiciona a marca num novo lugar na mente do consumidor. Ela deixa de ser só “a marca da bolsa mais desejada do mundo” e passa a ser a marca que apoia arte, promove experiências exclusivas e entrega algo único.

Hoje, o produto importa menos. As marcas precisam vender lifestyle, desde as campanhas até as ativações. Afinal, ninguém mais quer ser a Andy de O Diabo Veste Prada e ter um burnout aos 30.

Learn with the best: Raf Simons disse que evita falar de moda no tempo livre. Ele prefere conversar sobre qualquer outra coisa — porque o tempo dele é valioso demais para ser todo consumido pelo trabalho.

Na moda, essa valorização do tempo abriu espaço para marcas pequenas e diferentes ganharem relevância justamente pelo lifestyle que transmitem e por não serem marcas que literalmente todo mundo conhece, são mais nichadas. Um bom exemplo é a The Attico: a imagem da “cool girl” que vai para festas em Ibiza, tem poucos amigos e é referência de estilo, ajudou a consolidar a marca e suas fundadoras em um lugar especial dentro do universo do luxo. E isso tem se repetido com muitas outras marcas menores, do que as grandes maisons que têm décadas de vida.

Além disso, o trabalho manual e personalizado está mais valorizado do que nunca. As pessoas querem sentir que a marca pensou nelas e que ninguém mais terá o que elas têm. Isso se conecta diretamente à ideia de viver uma experiência antes que ela apareça nos stories de todo mundo.

A única coisa que vale mais do que qualquer item de luxo no mundo é o seu tempo. Mais do que ter a it bag do momento ou o Rolex mais caro, é alguém te olhar e perceber que você investiu horas cuidando de si. Seja praticando um esporte, passando a tarde em um spa chic ou simplesmente fazendo seu hobbie favorito.

Isso importa mais do que qualquer tendência, que em breve pode ser falsificada e até comunicar o oposto do que você gostaria.

Nosso tempo nunca foi tão valioso e, a estética da healthy girl que se prioriza, nunca esteve tão em alta.

Mas lembre-se: compartilhe nos stories antes que vire hype (irônico, eu sei).


Shop my cool finds 🙂

Fav acessories w/ Lou Peixoto

Oie, sou a Lou Peixoto, tenho 22 anos, sou influenciadora e formada em moda.

Sou muito fã de mix and match com vários acessórios, e vim dar algumas dicas das minhas marcas favoritas🌟

1- Guya

2- Vehr

Vi um vídeo da Malu Daily Life (love her <3) sobre coisas que ela ganhou de marcas e recompraria. Então, vim trazer três coisas que eu ganhei, mas que com certeza gastaria meu dinheiro de tão bom que é!

1- Base multifuncional FPS 60 - Skin tint Dermage: Uso todos os dias. Uma mistura de tint, com base, com protetor solar. A melhor coisa para usar quando você não gosta de uma cobertura muito forte, mas também não se contenta apenas com um protetor solar com cor.

2-Oxford Camurça Schutz: meu all time favorite. To usando muito esse sapato, acho que ele combina com absolutamente tudo, dá para usar meias diferentes e coloridas para deixar o look cool. Estou amando!

3- Base em pó studio fix MAC: esse não sai da minha bolsa! A base em pó mais perfeita para cobrir imperfeições! Toda vez que sinto que minha maquiagem tá saindo, eu passo um pouco e resolve tudo. Sou fã!

1- Provei essa calça na Zara e amei! Modelagem super cool e lavagem linda.

2- Meu look favorito da semana

3- Minhas bolsinhas favoritas da nk (a rosa Jacquemus tem um lugar especial no meu <3)

4- Fraturei meu pé e personalizei minha botinha rs

Eu não sei explicar o quão triste fiquei ao ver a Vogue usando modelos gerados por inteligência artificial na última edição da revista americana.

Sou super a favor do ChatGPT (carinhosamente chamado de "chatzinho", por mim), mas como uma ferramenta para facilitar a vida e otimizar o tempo. A partir do momento em que ele começa a invadir campos criativos, é preciso acender um sinal de alerta.

Moda é expressão, ou melhor, auto expressão. E, para ser “auto”, precisa pertencer a alguém. Moda vira apenas roupa quando não há alguém por trás vestindo, pensando, criando.

Com tantos talentos, visões e criações incríveis no mundo, eu não poderia deixar de comentar esse fato aqui. Precisamos refletir sobre o quão perigoso é deixar que a inteligência artificial assuma um processo tão bonito quanto o da criação de uma imagem editorial.

A capacidade humana de criar coisas únicas e diferentes é algo que brilha meus olhos todos os dias. E é triste demais ver que, por “falta de orçamento (sério?)”, “falta de tempo (pior ainda)” ou qualquer outra justificativa, marcas relevantes estão recorrendo à IA para funções criativas.

Human creation is SO BEAUTIFUL! ❤️ 

Criei esse quadro para responder perguntas de vocês, direto ao ponto. As vezes a sua dúvida é a mesma de outra pessoa! :)

Oii! Esse fato é legal de contar, hehe.

A The Setters surgiu como um projeto de TCC, em 2020. Eu e meu grupo queríamos fazer algo empreendedor, porque fugia totalmente do que estávamos fazendo a faculdade inteira — e era a hora de testar. Decidimos criar um Instagram que dava dicas para mulheres empreendedoras, e fazia consultorias personalizadas.

Os posts não tinham nada a ver com o que é hoje, tudo era voltado para empreendedorismo e branding. O nome era “Saltando Alto” (kkk). Aí nosso professor orientador sugeriu que mudássemos de nome. Ficamos um dia inteiro pensando em ideias (até meditação guiada rolou nesse dia!), mas nada vinha. Lembro que uma das meninas falou “Trendsetters”, por ser quem dita tendências, mas o @ já existia no Instagram — e aí, naturalmente, surgiu o nome The Setters.

Quando me formei, algumas meninas quiseram continuar com a página, que era focada só em posts. Mas, com o tempo, acabamos deixando de lado por causa do trabalho. No ano passado, decidi reviver o projeto e transformá-lo nessa newsletter (queria escrever e desenvolver mais, não dava pra falar tanto pelo Instagram).

Sou muito grata por tudo cooperar para o que deve ser feito. E, na hora certa, tudo acontece perfeitamente. Amo isso aqui, e vocês já devem ter percebido. <3

Se você tem alguma dúvida ou quer algum guide especifico, manda aqui de forma anônima e quem sabe eu respondo na próxima edição 🙂 

🩴Havaianas é a marca mais cool do Brasil do mundo!

🏀 70s and 80s NBA hits different!

🫨 O burnout tem medo dele, rs.

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Aqui tem o seu link para compartilhar a The Setters com quem você conhece e desbloquear prêmios. Cada pessoa que chegar por você, conta! e dá pra acompanhar tudo em tempo real nesse contador aqui embaixo:

Editor’s note

Oie! Eu sou a Pri Cao, e eu escrevo, edito e faço a curadoria de cada conteúdo que você encontra por aqui! Sempre fui apaixonada por moda e por toda liberdade criativa que ela nos proporciona. A ideia da The Setters é trazer conteúdos autênticos, com dados e estudos, mas também com a minha visão de mundo.

Espero que você goste de ler essa newsletter tanto quanto eu gosto de escreve-la! ❤️ 

Vou deixar aqui o link das minhas redes sociais para quem quiser trocar (sempre estou aberta e amo muito)

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